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História da representação feminina na cultura do Hip Hop (Rap)

O Hip Hop veio à tona nos anos 70. Originado pela black music e misturado a elementos da cultura negra americana, como o break, graffitti, DJing e rap, o movimento era dominado por homens. Rapidamente, a cena cresceu e se desenvolveu, de maneira mais intensa, no Queens, Brooklyn e em New York.


Em meados dos anos 80, as primeiras mulheres começaram a ganhar espaço nesse meio artístico e passaram a ocupar as ruas, as rádios e as tvs...


Em 86 as meninas do Salt-n-Pepa lançaram Push it, uma das músicas mais conhecidas do hip hop no mundo todo. httpv://youtu.be/vCadcBR95oU


Em 89, veio a MC Lyte, a primeira mulher a lançar um álbum completo de rap. Ruff Neck se tornou a música mais famosa dela. O clipe foi gravado em NY e mostra bastante de como era a cultura, moda e atitude. httpv://youtu.be/ZFBiXfr849g


Já beirando os anos 90, Queen Latifah chegou. Um dos nomes mais marcantes da história do hip hop e rap. Em 93 lançou o single U.N.I.T.Y, super feminista e com uma letra que marcou de vez a chegada das mulheres ao movimento. httpv://youtu.be/f8cHxydDb7o


Daí em diante outras artistas de peso surgiram. Lauryn Hill e Missy Elliot são exemplos.

httpv://youtu.be/T6QKqFPRZSA


Mais para frente, a vibe ficou ainda mais forte, mais pesada, com mais rap e batidas menos melódicas, mais estaca.


A M.I.A chegou chegando neste cenário e trouxe uma batida que quem ouve funk carioca já está ligado há muito tempo. “Bucky Done Gun” é assim:


Brasil


Dez anos depois da fundação do Hip Hop, o mesmo chegava ao Brasil. A primeira cidade a “descobrir” o movimento foi São Paulo. Lá, vários jovens da periferia o adotaram como estilo de vida. Os mesmos que frequentavam os Bailes de Black Music, que ouviam James Brown e que usavam o penteado Black Power. Eles começaram a ter contato com a batida, o Break e o Rap (a princípio chamado de ‘tagarela’), por intermédio das Equipes de Baile, das revistas e dos discos vendidos na Rua 24 de Maio (em São Paulo). E assim surgiam os primeiros ‘Hip-Hoppers’ brasileiros.


Desde que a cultura do Hip Hop chegou ao país, as mulheres enfrentam lutas para conquistar espaço na cena. Atualmente, afirmam não sofrer tanta repressão igual os tempos antigos, porém ainda existe muita segregação no cenário musical.


Flora Matos, Karol Concá, Lurdez da Luz, Carol de Souza são nomes que se destacaram no cenário nacional. Muitas meninas apostaram na carreira musical após ver Dina Di (que morreu em 2010) cantar. Antes, as mulheres se vestiam com um padrão, com calças e blusas largas. A ideia era não se mostrar em um ambiente exclusivamente masculino, mas chamar atenção por rimar bem. Hoje em dia, se tem mais espaço para ser mulher dentro do hip hop e se vestir como quiser. https://www.youtube.com/watch?v=Ot49vpm_p5A


Pernambuco


Apesar de possuir um histórico vinculado aos movimentos sociais, o Hip Hop sempre foi criticado pelo machismo, embutido principalmente nas letras dos MCs, manifestando-se também através do pouco espaço destinado às mulheres nos shows e eventos.


Representando uma ruptura, surgiram várias rappers pernambucanas que fazem de suas letras um manifesto contra o machismo presente na sociedade e no ambiente Hip Hop. Nesse sentido, podemos destacar Lady Laay, MC vinda do bairro de Dois Carneiros, periferia de Jaboatão do Guararapes, cujas letras abordam a temática das lutas feministas. Ainda destacamos a DJ Karla Gnom e as rappers Mari Periférica e Ranne Skull, como artistas atuantes em um espaço historicamente dominado por homens.

https://www.youtube.com/watch?v=XWNmID7tmrQ


Fontes:

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