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Mulher Negra em Pauta

No Brasil, a desigualdade grita, mas ninguém enxerga, e quem enxerga finge que não vê. Já dizia o sociólogo Jessé de Souza, em seu livro intitulado Ralé brasileira: “a desigualdade foi naturalizada”. No entanto, mulheres negras e periféricas cansaram de viver à margem da sociedade e começaram a usar a sua voz como instrumento de reivindicações de direitos.

O empoderamento das mulher negra vem crescendo a cada dia. Hoje, também se encontra presente na poesia do SLAM e no RAP. Versos, com letras ensanguentadas de dor; dor por ver as irmãs pretas vítimas da violência verbal e física. Dor muitas vezes causadas pelo policial fardado, que ao invés de proteger, intimida. A vida na comunidade é árdua, mas quem liga? Por isso, cada vez mais as mulheres estão entrando pro mundo da música e da poesia, como uma forma de gritar pro mundo que elas existem e tem voz.

Esse despertar também fez com que muitas mulheres começassem a participar de movimentos, como, por exemplo, o feminismo negro, que se difere do feminismo homogêneo por pôr em pauta e em prioridade as necessidades da mulher preta, que carrega na sua origem marcadas da escravatura do período colonial. Marcas essas que as perseguem até hoje.

Por isso a necessidade de pôr em pauta as mulheres que estão surgindo no âmbito musical, com uma força enorme e com uma qualidade incontestável, que lutam diariamente para tornar visível a realidade das comunidades. Pois a sua história de vida representa a realidade de grande parte da população brasileiro periférica que RESISTE.

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